Juventude da Bahia: “É urgente construir o feminismo camponês e popular”

Durante a Jornada ‘Mulheres em luta contra a fome: por direitos e soberania alimentar’ a juventude camponesa na Bahia realiza encontros para debater o feminismo 

Juventude Bahia
Vitória da Conquista (BA)

O Movimento dos Pequenos Agricultores na Bahia em parceria com a Fundação Luterana de Diaconia (FLD) realizou, no último fim de semana, dois encontros de formação para jovens com o tema ‘Brigadas, a juventude construindo o feminismo camponês e popular’, um no centro-norte baiano no Acampamento União no município de Ponto Novo e o outro no sudoeste da BA em Vitória da Conquista no centro Derli Casali.

As atividades fazem parte de uma agenda de formação de 8 encontros, estes dois foram o ponta pé inicial e ao longo dos próximos dias e meses serão realizados outros espaços de formação. Os espaços foram organizados para ter um momento de analise de conjuntura, para debater os impactos da guerra entre Rússia, Ucrânia e a OTAN, bem como entender os impactos na vida do povo com o governo Bolsonaro.

“Devemos ter cuidado nas informações que nos chega, porque nem tudo é verdade, devemos ver as duas partes. Havia um novo projeto para criar uma nova moeda, a partir do BRICS, para frear o dólar dos Estados Unidos. Nós estamos em um novo tipo de guerra que se chama “guerra da quarta geração”. Como estamos sendo dominados? Pela ideologia, religião, política e econômica.” Apresentou Daniel Picolli, que facilitou o espaço de análise de conjuntura.

Os espaços também contaram com dois momentos muito importantes: um sobre brigadas de juventude e nova geração camponesa e outro sobre as concepções de feminismo camponês e popular. No debate sobre nova geração camponesa foi apresentado alguns desafios para os jovens no campo como a falta de acesso a tecnologias, à educação e até mesmo a geração de renda. “O jovem tem um papel muito importante para a agroecologia e na preservação de sementes crioulas, mas não por parte deste governo uma leitura assim, falta oportunidades, sobra desemprego”, relatou Dennis Teixeira, da coordenação do coletivo de juventude no estado.

O espaço sobre feminismo camponês e popular foi facilitado pela companheira Mara Almeida, da coordenação estadual do MPA na Bahia. “O feminismo camponês e  popular é uma concepção da mulher da roça, de um feminismo que entende a diversidade do campesinato e não será possível uma educação libertadora, no sentido escolar e familiar sem o feminismo”, disse Mara aos jovens.

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